💰 Taxação BBB? Ou a novela do cinismo nacional?
Por Pablo Hernandéz, crítico cultural & contribuinte indignado
Brasil, 2025.
Enquanto o trabalhador paga imposto até na cueca parcelada em três vezes, a elite econômica
desfruta da vida como se morasse em Mônaco. E então o governo diz o óbvio:
“Vamos corrigir uma distorção histórica. Vamos cobrar um mínimo de quem lucra como se fosse
deus e paga como se fosse coroinha.”
Nasce a proposta: 10% de imposto efetivo sobre renda.
Alívio para 99%. Desconforto para 1%.
Justiça tributária?
Não.
"Comunismo", gritam os de sempre.
A oposição, tão preocupada com “cortes de gastos”, aprova na mesma semana medidas que
aumentam as despesas da União, uma verdadeira coreografia da contradição, onde os
dançarinos giram sobre suas próprias mentiras com graça olímpica.
✨ O nome da campanha? Taxação BBB: bilionários, bancos e bets.
E convenhamos: se você está incomodado, talvez seja hora de olhar o extrato antes de sair gritando.
📉 Afinal, hoje, há gente ganhando R$ 1 milhão por mês pagando 2% de imposto.
Você, que ganha R$ 3 mil e paga IPVA, ICMS e IR, deve se sentir representado por isso?
Só se tiver síndrome de Estocolmo com o mercado financeiro.
📚 Como bem disse a professora Luciana Grassano (UFPE), o Brasil não passou pelas reformas civilizatórias do capitalismo. A gente saltou direto do escravismo para o rentismo gourmet.
Mas Pablo, e o povo?
Ah, o povo…
O povo está cansado. Mas não está calado.
No dia 10 de julho, vai gritar nas ruas o que os donos do Brasil fingem não ouvir:
“Chega de financiar privilégio com o suor de quem acorda às 5 da manhã!”
Não se trata de punir ricos.
Trata-se de acabar com uma estrutura onde o privilégio virou herança genética
e o imposto virou castigo de pobre.
📍 Nos encontramos nas ruas.
Porque a verdadeira independência ainda não aconteceu.
—
🖋 Pablo Hernandéz escreve com óculos escuros e ironia afiada.
Não perdoa banqueiros, golpistas, nem quem sonega com cara de investidor.
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