🎩✨ Terry Pratchett — O Feiticeiro das Palavras Irônicas

Nascido em 1948, Terry Pratchett descobriu o poder da imaginação cedo: aos treze anos, encantado pelos mundos de Tolkien, vendeu sua primeira história e comprou uma máquina de escrever usada — um gesto simples que prenunciava a construção de um universo inteiro.

Com o tempo, esse universo se tornou Discworld — um mundo plano sustentado por quatro elefantes em cima de uma tartaruga cósmica,

onde a fantasia não foge da realidade, mas a espelha com humor ácido e lucidez encantadora. 

Ali, ele nos fez rir de nós mesmos, expondo as incoerências do poder, da burocracia, da religião,

da ciência e do ego humano — tudo isso com bruxas sarcásticas, magos distraídos e ceifadores

filosóficos que falam EM CAIXA ALTA.

Pratchett escreveu com uma pena encantada por ironia, mas banhada em empatia. Seu humor nunca

foi escudo para o cinismo — era lanterna para o absurdo.

Mesmo enfrentando o Alzheimer com coragem e lucidez, ele escolheu a dignidade até o fim.

E quando partiu em 2015, seu desejo final foi poético e radical: mandou esmagar seu disco rígido

inacabado por um rolo compressor chamado “Lord Jericho”. 

Nenhum final alternativo. Nenhuma edição póstuma. A obra encerrou-se com sua consciência.

Pratchett nos deixou um legado: a lembrança de que imaginar mundos é, também, questionar este.
E como ele mesmo disse:

"A imaginação, e não a inteligência, é o que nos faz humanos."

No Jornal do Devaneio, acendemos hoje uma vela para esse guardião do riso cósmico.
Que ele siga escrevendo, em algum lugar entre estrelas e elefantes.

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