🛑 O Congresso Quer Queimar a Terra — e Nem Precisa de Fósforo

Editorial da Redação Devaneante, publicado no Dia Internacional da Diversidade Biológica

Hoje, 22 de maio de 2025, o mundo celebra a Diversidade Biológica — a teia sagrada da vida,

os biomas, os povos, os saberes, os cantos das florestas e os silêncios do cerrado.
Enquanto isso, no Brasil, o Congresso Nacional celebra... o retrocesso coordenado.

Chapéus de grileiros brilham sob o ar-condicionado.
Terras indígenas são tratadas como espaço vago.
Florestas, como “obstáculo ao progresso”.
O licenciamento ambiental? Reduzido a um bilhete de entrada para o caos.

🚨 O Pacote do Fim do Mundo (edição Brasília)

  • PL 2159/2021 (o "PL da Devastação") enfraquece as regras de licenciamento ambiental,

  • libera autolicenciamento e reduz a responsabilização por danos indiretos.

  • PDL 717/2024 quer suspender as demarcações das Terras Indígenas Toldo Imbu e

  • Morro dos Cavalos, ambas já reconhecidas, ambas em Santa Catarina.

  • PL 6093/2023 tenta inserir na Constituição a tese do Marco Temporal

  • — já considerada inconstitucional pelo STF.

🌿 A Mãe-Terra Está Escutando

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou:

“Se aprovado, esse projeto será um sinal trocado. Ele compromete nossa credibilidade internacional, nossas metas de redução de CO2 e nossos processos produtivos sustentáveis. É um retrocesso legal, climático e moral.”

Mas para além da diplomacia — há um sussurro vindo do chão:
os ossos dos antepassados tremem.
A floresta murmura com raiva contida.

🗣️ O Devaneio Declara:

Não é coincidência.
No dia em que o mundo presta homenagens à biodiversidade, o Brasil oficializa

sua necropolítica climática e territorial.

Não é ignorância. É escolha.
Não é exagero. É sabotagem.

O Congresso está votando a favor do desmatamento, da grilagem e da injustiça.
Está zombando da Constituição, da ciência e da espiritualidade dos povos originários.

Mas há uma coisa que não conseguem apagar com voto:
a memória da Terra.
Ela armazena cada invasão. Cada retirada forçada. Cada árvore tombada.
E ela responde. Sempre responde.

✊ Por isso, a Redação do Jornal do Devaneio declara:

Hoje, estamos em estado de alerta poético e político.
O Devaneio é feito de palavras, sim. Mas palavras são sementes. E hoje,

elas serão lançadas como pedras também.

Contra o cinismo do progresso sem alma.
Contra o apagamento dos povos que nos deram tudo.
Contra a destruição do que ainda pulsa.

Não haverá futuro se queimarem todas as pontes para ele.

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