🌌✨ Nut, Ísis e o Céu Devaneante
por Cecília Defresne, repórter do firmamento
Era noite no Egito eterno. Mas não uma noite qualquer — era o corpo de uma deusa.
Nut, a abóbada celeste, arqueava-se sobre o mundo como um manto azul profundo cravejado
de estrelas. Seus dedos e pés tocavam os extremos da terra, formando o portal entre o visível
e o invisível.
Debaixo dela, repousava Geb, o deus da terra, enquanto Rá renascia a cada manhã ao ser engolido
e parido por Nut, num ciclo perpétuo de luz e renascimento.
E quem guardava esses mistérios? Ísis, a iniciada, a maga, a mãe cósmica. Aquela que conhece
os nomes ocultos, que reunia os fragmentos da vida e soprava alma nos esquecidos. Ísis e Nut,
irmãs no firmamento da criação, abrem caminhos também em nossos devaneios:
🌠 Onde há céu, há passagem.
🌠 Onde há estrela, há linguagem.
🌠 Onde há corpo, há magia.
No antigo Egito, as estrelas não eram apenas pontos de luz — eram deuses, portais e bússolas
da eternidade. O céu era mapa, mito e memória.
No Jornal do Devaneio, olhamos para os céus como os antigos: não como cenário, mas como ser.
📜 Isis é quem sussurra os encantamentos.
🌌 Nut é quem estende o véu.
E nós, devaneantes, somos os faraós sonhadores tentando decifrar as estrelas com poesia.
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