⚰️✨ Caixões Fantasia de Gana — Quando a Morte É uma Obra de Arte

🇬🇭 📍 GANA, ÁFRICA

Na cosmologia tradicional ganesa, a morte não é o fim. 

É passagem, rito, continuidade. Quando alguém parte deste mundo, inicia-se uma jornada para

uma existência ainda mais poderosa no plano espiritual. E para honrar essa travessia, as famílias

da etnia Ga, na região de Accra, criaram uma tradição que resiste ao tempo:

os fantasy coffins (ou caixão-fantasia, livremente traduzido).



São caixões esculpidos à mão com formas inesperadas — um peixe, uma garrafa de refrigerante,

um avião, um caminhão, uma cebola gigante. O que parece estranho aos olhos do mundo ocidental,

é, para eles, uma expressão de respeito e identidade. O caixão não representa a morte. Representa a história de quem viveu.

Essa arte funerária conta o ofício, o sonho, o gosto, a alma da pessoa. 



Um fazendeiro pode ser enterrado dentro de uma espiga de milho. Um pescador, num peixe.

Uma mulher que adorava Coca-Cola pode descansar dentro de uma réplica do refrigerante.

Porque morrer, para eles, é continuar sendo — só que em outro plano.



Essas peças ganharam reconhecimento mundial, ocupando galerias e museus, mas continuam,

acima de tudo, sendo rituais vivos. Poemas em madeira. Totens que sussurram: "eu existi,

e fui amado por quem me conheceu".




 

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